Cortinas de cozinha novas
Foram feitas de toalhas de mesa e as aplicações em cima e em baixo com panos de mesa.
Ficaram baratas e muito fáceis de fazer.
Tapete do quarto da minha filhota, feito em trapilho laranja.
Jarrão de barro pintado à minha maneira...
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segunda-feira, 25 de maio de 2009
domingo, 24 de maio de 2009
quarta-feira, 6 de maio de 2009
HÁ CIRCO NA CIDADE...
Hoje, montaram a tenda do Circo, aqui no Montijo. Lembrei-me deste poema de José Régio que dedico a todos os que gostam e trabalham no circo.
CIRCO
No circo cheio de luz
No circo cheio de luz
há tanto que ver!...
Senhores!
- grita o palhaço da entrada
todo listado de cores
- Entrai, que não custa nada!
À saída é que se paga.
Ri, palhaço!
O palhaço entrou em cena,
ri, cabriola,
rebola,pega fogo à multidão.
Ri, palhaço!
Corpo de borracha e aço
rebola como uma bola,
tem dentro não sei que mola
que pincha, emperra, uiva, guincha, zune, faz rir!
Ri, palhaço!
José Régio
terça-feira, 5 de maio de 2009
Relembrar um quadro que pintei... baseado numa obra de Gustav Klimt.
Este quadro mora na casa de http://hortensiarosa.blogspot.com/
Pintura
Onde se diz espiga
leia-se narciso.
Ou leia-se jacinto.
Ou leia-se outra flor.
Que pode ser a mesma.
As flores
são formas de que a pintura
se serve para disfarçar
a natureza.
Por isso é
que no perfil
duma flor
está também pintado
o seu perfume.
Albano Martins, in "Castália e Outros Poemas"
sexta-feira, 1 de maio de 2009
(Quadro pintado por mim, baseado numa obra de Gustav Klimt)
Poema à mãe
No mais fundo de ti
Eu sei que te traí, mãe.
Tudo porque já não sou
O menino adormecido
No fundo dos teus olhos.
Tudo porque ignoras
Que há leitos onde o frio não se demora
E noites rumorosas de águas matinais.Por isso, às vezes, as palavras que te digo
São duras, mãe,
E o nosso amor é infeliz.
Tudo porque perdi as rosas brancas
Que apertava junto ao coração
No retrato da moldura.
Se soubesses como ainda amo as rosas,
Talvez não enchesses as horas de pesadelos.
Mas tu esqueceste muita coisa;
Esqueceste que as minhas pernas cresceram,
Que todo o meu corpo cresceu,
E até o meu coração
Ficou enorme, mãe!
Olha - queres ouvir-me? -
Às vezes ainda sou o menino
Que adormeceu nos teus olhos;
Ainda aperto contra o coração
Rosas tão brancas
Como as que tens na moldura;
Ainda oiço a tua voz:
Era uma vez uma princesa
No meio do laranjal...
Mas - tu sabes - a noite é enorme,
E todo o meu corpo cresceu.
Eu saí da moldura,
Dei às aves os meus olhos a beber.
Não me esqueci de nada, mãe.
Guardo a tua voz dentro de mim.
E deixo as rosas.
Boa noite.Eu vou com as aves.
Eugénio de Andrade
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